terça-feira, 21 de maio de 2013

SESSÃO ESPECIAL DISCUTE A DESTINAÇÃO DOS RESÍDUOS DE LAGES


O trabalho de reciclagem de resíduos no município, a situação da Coopercicla, a gestão de resíduos sólidos em Lages e a situação da Incopedra (ATT), o aterro sanitário, além da Política Nacional de Resíduos Sólidos e o Plano Municipal de Gerenciamento dos Resíduos Sólidos  foram debatidos durante a sessão especial desta segunda-feira (20) no legislativo, matéria foi proposta pelos vereadores Pastor Mendes, João Alberto e Adilson Appolinário.




Fizeram parte da mesa Antônio Lima, oficial de gabinete que representou o secretário da Infraestrutura, Luciana Capistrano, presidente da Coopercicla e Melvin de Almeida Neto, gerente da Incopedra e ex-vereador.





O secretário do meio ambiente Hampel que também foi convidado para sessão enviou uma nota a casa justificando sua ausência afirmando que já tinha outros compromissos assumidos na mesma data.


CIDADES MODELO

A destinação correta do resíduo sólido pode significar uma economia de quase 40% aos cofres públicos, quando se fala em reutilização e reaproveitamento de entulhos. Segundo Pastor Mendes em cidades que antes os resíduos sólidos eram um problema se transformaram em solução, a matéria prima produzida foi revertida em obra.

“É feito com isso, tijolos para casas, meio fio e até mesmo base para asfalto. Entendemos que em Lages isso também pode trazer esta economia e por outro lado trazer também a solução para o meio ambiente, evitando que este material continue sendo despejado de maneira irregular”, disse.

De acordo com o gerente da Área de Transbordo e Triagem em Lages, localizada no Bairro Morro Grande, existe hoje cerca de 10 mil m³ de material estocado, ainda segundo ele apenas 30% do que é produzido de resíduo sólido em Lages é destinado de maneira correta à ATT. 

“O descarte irregular deste material, que vem acontecendo em nossa cidade é reflexo das enchentes, das doenças transmitidas pelo acúmulo de material além da poluição visual (...) Hoje a minha empresa esta pedindo socorro para que este material seja reutilizado pelo poder público. O material já foi testado em outras cidades, sabe-se que é algo que realmente funciona”, afirma Melvin.



COLETA SELETIVA

A presidente da Coopercicla falou sobre as dificuldades enfrentadas pela cooperativa nos últimos meses. Segundo ela a grande dificuldade esta relacionada à coleta de lixo que vem sendo feita no município e a falta de recursos.

“Até o final de 2012 era processado cerca 400,00. Mas neste último mês não conseguimos chegar a 20 toneladas. A coleta ainda não é feita por nós, o que acho errado, porque nós entendemos a maneira com que esse material deveria chegar até nós. O material que chega até nós hoje é o material de menor valor (...) Estamos encaminhando e preenchendo todos os relatórios exigidos mas estamos sem recursos para trabalhar ”, afirma.



FALTA PROJETO

O oficial de gabinete, Antônio Lima, que na ocasião representou o secretário da Infraestrutura, disse que não existe projeto para que aconteça em Lages exatamente o que já vem acontecendo em outras cidades. “A obra da Ponte Grande já foi licitada, e não consta em projeto para que se utilize este material na obra. Mas nada impede que se entre em contato com a empreiteira para que seja utilizado”, afirmou.

“Nossa preocupação é com a destinação do lixo na nossa cidade”

Assim iniciou sua fala o vereador João Alberto, que lamentou a ausência do secretário do meio ambiente Hampel, o qual também não enviou nenhum representante. Segundo João, Lages possui hoje cerca de 53% das ruas asfaltada e cerca de 47% ainda são de chão batido. “O material do Melvin pode ser utilizado para o cascalhamento e patrolamento destas ruas, já é um grande passo dado pelo nosso prefeito Elizeu Mattos”, afirmou.

Vereador Juliano Polese sugeriu a Melvin, para que doe parte do material estocado para que seja colocado na rua em que dá acesso ao próprio empreendimento, testando o material. “Não podemos mais jogar fora um material que pode ser reaproveitado”, concluiu.

“A cobrança deve ser feita a secretária do meio ambiente. Temos uma Lei Federal n° 12.305 de resíduos sólidos que nos ampara para podermos cobrar do poder público alguma atitude”, afirmou Luciana.

A Lei Federal 12.305 de dois de agosto de 2010 relacionada à Política Nacional de Resíduos Sólidos,  prevê a prevenção e a redução na geração de resíduos, tendo como proposta a prática de hábitos de consumo sustentável e um conjunto de instrumentos para propiciar o aumento da reciclagem e da reutilização dos resíduos sólidos (aquilo que tem valor econômico e pode ser reciclado ou reaproveitado) e a destinação ambientalmente adequada dos rejeitos (aquilo que não pode ser reciclado ou reutilizado).

“É importante esclarecer ao município os pontos positivos e negativos desta destinação irregular de resíduos sólidos. Hoje já tivemos um ganho por meio da lei que regulariza o transporte por outros veículos fora as caçambas, as quais vinham fazendo este transporte. Esperamos que as secretarias, juntamente com nosso prefeito, que necessita fazer uma grande economia reutilizem este material que já é um grande passo dado para o desenvolvimento sustentável da nossa cidade além de representar uma economia gigantesca aos cofres públicos”, encerrou Pastor Mendes.

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